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Data
January 19, 2024
Categoria
Apresentado O Jornal Económico
Tempo de Leitura
6 minutos

“Temos o Objetivo de Chegar aos Dez Milhões de Faturação em 2024”

Apresentado em O Jornal Económico

Tudo começou com dois sócios a disponibilizarem uma viatura ao serviço da Uber. Depois, perceberam que não queriam estar dependentes de plataformas e criaram a sua própria empresa: chamaram-lhe Avenidas e foi criada em 2016.

Esta é uma empresa que se propõe a fornecer soluções de mobilidade dinâmica e sustentável, e que atua em diversos sectores, contando com quatro marcas (Ride, Tour, Send e Grow) em que oferece serviços de transporte de passageiros, entregas, turismo e Brand Activation.

Agora com três sócios, Manuel Salema Reis, Bento Viegas Louro e Bernardo Ribeiro da Cunha, a empresa tem como objetivo chegar aos dez milhões de euros de faturação, como refere Manuel Salema Reis em entrevista ao JE.

A Avenidas atua em quatro áreas diferentes, mobilidade (Ride), turismo (Tour) e distribuição e logística (Send). De que forma é que atuam em cada um destes sectores?

O nosso primeiro sector foi o da mobilidade. Começámos em 2016 com um carro e no sector de TVDE. Tivemos um crescimento relativamente acentuado até 2019, onde também percebemos que não queríamos estar dependentes das plataformas, o que nos fez procurar os nossos próprios produtos e serviços, para os quais pudéssemos afetar esses recursos, que eram viaturas de passageiros e motoristas. E foi assim que, para além de começarmos a fazer serviços particulares de transporte (Ride), nomeadamente, serviços de transporte escolar privado, também criámos o nosso sector de turismo (Tour), onde adaptámos alguns dos nossos motoristas com capacidades linguísticas e culturais a serem motoristas e guias, e começámos a fazer rotas personalizadas, nomeadamente a Sintra e transferes do aeroporto. E, portanto, é aí que passamos a ter duas áreas de negócio, mas que utilizam de certa forma os mesmos e recursos.

A tour é feita por todo o país com ponto de partida em Lisboa. Por exemplo, temos muitos turistas que vêm passar uma semana a Lisboa, mas compram uma Tour ao Porto e saem daqui de manhã cedo, visitam Porto em cinco, seis horas e depois regressam. É uma tour mais intensa, mas acontece muito, porque o Porto é uma cidade muito bonita e as pessoas muitas vezes vêm e querem conhecer tudo e temos uma abertura a 100% para visitar os quatro cantos de Portugal. No entanto, também fazemos tours em Sintra,  que é o nosso bestseller.

Com a pandemia, esses serviços caíram acentuadamente e como temos uma forma de estar se calhar inquieta e capaz de responder aos desafios, percebemos que tínhamos de fazer alguma coisa com os recursos e que já não era transportar pessoas, mas sim transportar coisas. Então começámos a transportar alimentos para restaurantes e transportar frescos, nomeadamente acabados e mais tarde também a fazer entregas. E com a transição para o pós-pandemia, as pessoas começaram outra vez a movimentar-se, e portanto, de certa forma já não queríamos ter as nossas viaturas de passageiros alocadas a esses novos serviços e foi aí que começámos a investir numa frota de motas e também numa frota de ligeiros e comerciais para fazer face aos clientes que tínhamos angariado nessas áreas de negócios. Assim nasceu uma nova área que designados de Avenidas Send, e que tem duas subcategorias: uma é focada nas entregas de refeições para restaurantes, onde os nossos parceiros são os próprios restaurantes ou marcas de restauração, e no outro lado parceiros grandes que agregam entregas de e-commerce. Esta é a categoria de Send.

O serviço de operações de crescimento (Grow) é a marca mais recente. Como foi criada?

O Grow foi uma oportunidade que surgiu vindo de uma startup americana, a Worldcoin, que entrou em Portugal no ano passado. Eles têm um conceito que é basicamente para fazer resposta ao crescimento recente de inteligência artificial, criando uma forma de garantir que as pessoas conseguem identificar com humano sem terem de dar os seus dados pessoais, basicamente, eles autenticam as pessoas como seres humanos através de um scan biométrico. A Avenidas entra na expansão de utilizadores desta empresa, que tem de ser feita presencialmente. Nós basicamente tratamos de tudo o que é recrutamento, formação e escalas, abertura de novas localizações. E é aí que nasce, de certa forma, o Avenidas grow. Onde para já temos esse projeto, que é um projeto de ativação de marca e temos cerca de 40 promotores de vendas em 10 localizações espalhadas por Portugal, onde a sua função é angariar utilizadores para a aplicação, mas queremos que seja a primeira de muitas oportunidades.

Este sector teve um crescimento bastante acentuado e acabámos por nos destacar como um parceira para a Worldcoin mais do que apenas num parceiro operacional, acabamos a querer ajuda-los a explorar a melhor forma de fazer este negócio e acabamos por servir de consultores e alguns dos procedimentos e medidas foram experimentadas e lançadas por nós e depois foram expandidos pelo parceiro.

Como é que chegam aos clientes?

Temos de dividir em duas vias, uma que é o B2B, onde nós temos parcerias maiores, como por exemplo no turismo, onde temos parcerias com o Airbnb, Trip Advisory, Get your Guide, em que os clientes utilizam essas plataformas para reservar as experiências que lá estão. E depois temos um lado mais B2C, onde os clientes é que vêm ter conosco diretamente, no caso do Ride, podem abrir uma conta conosco onde podem fazer o agendamento de serviços de transporte de passageiros e onde é um nicho, porque a qualidade nas plataformas Uber e Bolt tem vindo a descer e portanto nós sentimos um crescimento no número de pessoas que nos procura para ter os serviços diretamente conosco, seja para levar os filhos à escola seja para outro tipo de transporte de passageiros que eles queiram fazer. Obviamente que, sendo um serviço de maior qualidade o preço também é mais alto.

Em que cidades é que estão?

Estamos em Lisboa e Porto. Os nossos serviços funcionam nestas duas cidades.

No Porto ainda estamos numa fase embrionária de expansão, e aliás é um dos nossos principais objetivos para 2024, de crescer a nossa operação nas quatro vertentes, sendo que neste momento a que tem a maior dimensão no Porto é a nossa parceria com a Worldcoin. As outras ainda estamos efetivamente a começar e em 2024 queremos expandir. Também está no horizonte expandirmos para outras cidades maiores, como Braga, Coimbra, Leiria, Aveiro.

Olham para a área da Ride como uma oportunidade para entregarem um serviço mais premium de qualidade e diferenciador.

Há um primeiro ponto que é a nossa própria frota, que tem uma qualidade bastante acima da média. Principalmente a partir do momento em que nós começamos a eletrificar a frota, os carros elétricos, por norma, já são carros mais robustos, mais caros de uma gama mais alta do que outros que se calhar se veem nas plataformas eletrónicas. E depois, outro ponto chave tem a ver com os recursos humanos, com os nossos motoristas, que passam por um processo de formação e de acompanhamento que é certamente superior à generalidade dos casos dos outros parceiros de frota, da Uber e da Bolt e que, aliás, eu como cliente consigo ver quando chamo carros na plataforma, que a qualidade não é a mesma. E trabalhamos a apresentação, a condução defensiva, a própria comunicação com os clientes é muito importante.

É um serviço que chega a muitas pessoas?

No caso do Ride, acho que acho que até aqui e tem sido um serviço que nós temos desenvolvido com o passa a palavra, talvez ainda não tivéssemos tido a oportunidade ao momento chave certo para o desenvolver comercialmente e investir nisso. E acho que é um dos nossos objetivos do nosso rebranding pelo qual estamos a passar em onde estamos a dar uma cara a cada uma das quatro marcas. Passa exatamente por decidirmos que este é o momento certo para tentarmos fazer chegar cada uma das marcas mais pessoas, principalmente quando se fala em segmento B2C.

Preveem acabar o ano de 2023 com um volume de negócios entre os cinco milhões e os seis milhões. Em que áreas preveem crescer?

Sim, mas é preciso destacar algumas coisas, uma delas começou só no ano passado, portanto se formos a olhar para os números em termos percentuais vamos ver que é uma das que cresceu mais. Depois temos quando olhamos para o Ride, uma área de negócio cuja expansão requer um capital muito mais intensivo, porque para expandirmos essa área de negócio temos de adquirir  viaturas, e é talvez onde também estejamos a investir com mais regularidade ano após ano, porque também é o nosso core business porque é mais garantido para nós arranjar clientes, porque nós afetamos essas viaturas à Uber e à Bolt e não nos temos de preocupar tanto com a parte comercial como nas outras áreas. Este ano investimos cerca de um milhão e meio em viaturas para a nossa frota, toda esta elétrica; neste momento já é 70% elétrica e é para todas as nossas áreas.

Para o ano queremos manter o mesmo nível de investimento, na ordem de um milhão e meio e dois milhões de euros em frota e assim para além de aumentar a nossa quota de frota elétrica, também começar a operar na substituição da nossa frota mais antiga que ainda é a combustão, por viaturas elétricas. Só não acentuámos mais este progresso porque ainda têm existido algumas limitações operacionais para uma empresa como a nossa que cobre serviços em todo o país, nomeadamente no turismo.

Qual é a previsão para 2024?

Queremos continuar a investir naquilo que é o Avenida Ride e o Tour, que andam de mãos dadas de certa forma. Vamos ter um investimento idêntico, portanto, nesses campos queremos ter um crescimento também idêntico. E temos boas perspectivas para dar um salto também no Send, seja no food delivery ou no e-commerce e no Grow, com a parceria que temos com a Worldcoin, também vamos abrir novas localizações, o que significa também aumentar a faturação.

Como um todo temos o objetivo de chegar aos dez milhões de faturação e pode ser um objetivo ambicioso para o próximo ano, mas é a bitola que tínhamos e que pelo menos queremos continuar a ter, estando conscientes de que significa um crescimento de 45% a 50% para chegar lá ao chegar lá perto, mas acreditamos que se olharmos para cada uma das marcas individualmente e com investimento que queremos fazer, é possível.

Veja o artigo de O Jornal Económico aqui

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